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Nutrição no tratamento da Gota

Foto do escritor: Eridan BertéEridan Berté



Gota é uma doença na qual há o acúmulo de depósitos de cristais de ácido úrico nas articulações devido a concentrações elevadas de ácido úrico no sangue (hiperuricemia). O acúmulo de cristais causa crises (exacerbações) inflamatórias dolorosas nas articulações e ao seu redor. O risco de gota é significativamente maior em indivíduos com índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 25.


Entender a relação entre purinas e ácido úrico quando se fala em gota é importante não apenas para a prevenção da doença, mas também para evitar as crises. Mas o que são purinas? São compostos que quando metabolizados, formam o ácido úrico. Encontrados principalmente nos alimentos ricos em proteínas e quando consumidos em excesso, podem elevar os níveis de ácido úrico, podendo acarretar problemas como gota e litíase renal.


Em pacientes com hiperuricemia ou gota, a restrição de purinas dietéticas deve se limitar às purinas de origem animal (carnes, miúdos, embutidos e frutos do mar), mas não às de origem vegetal. Convém enfatizar que vegetais ricos em purinas são excelentes fontes de proteínas, fibras, vitaminas e minerais, sendo essenciais a uma alimentação adequada e o consumo de laticínios com baixo teor de gordura deve ser estimulado.


Uma dieta típica contém cerca de 600 a 1000 mg de purina diária. Tradicionalmente, em casos de gota grave ou avançada, o conteúdo de purina da dieta no dia-a-dia deve ser restrito a aproximadamente 100-150 mg/dia.


Dessa forma, durante as crises ou quando os valores de ácido úrico estiverem muito elevados:

  1. Controle o consumo os alimentos com conteúdo elevado de purina (veja a recomendação abaixo);

  2. Consuma de forma moderada os alimentos de origem animal com conteúdo moderado de purina. No máximo 100g por dia;

  3. Alimentos de origem vegetal podem ser consumidos regularmente, mesmo com conteúdo moderado de purinas;

  4. Consuma diariamente alimentos ricos em vitamina C: acerola, morango, laranja, tangerina, goiaba...

  5. Hidrate-se, a ingestão de água, 35 a 40 ml de agua por kg de peso corporal;

  6. Ingira leite e derivados com baixo teor de gordura.

  7. Mastigar muito bem os alimentos, só deglutir após sentir uma pasta na língua.

  8. Evitar ingestão de gorduras: frituras ou preparações gordurosas como feijoada, sarapatel, caruru;

  9. Evitar ingestão de bebidas alcoólicas;

  10. A quantidade de sódio da dieta deve ser normal ou reduzida conforme análise clínica.


FASE AGUDA: excluir alimentos com alto teor em purinas; ingerir bastante líquidos. 


FASE INTERMEDIÁRIA: consumir moderadamente alimentos com médio teor em purinas; evitar ingerir quantidades excessivas de alimentos como carnes e leguminosas.



Alimentos com um conteúdo elevado de purinas (100- 1.000mg de nitrogênio purínico por 100g de alimento):


Condimentos como caldos de carne e de galinha, extrato de carne, molhos à base de carne, vísceras (coração, rim e fígado), miolos, moela, presunto (embutidos), arenque, anchovas, mexilhão, sardinha, manjuba, cavala, ovas de peixe e levedura de cerveja.


Alimentos com um conteúdo moderado de purinas (9-100 mg de nitrogênio purínico por 100g de alimento):


Carnes e pescados, mariscos, verduras, aspargos, feijão, lentilha, ervilha, grão de bico, favas, cogumelo e champignon, espinafre e couve-flor.


Sua articulação fica inflamada — ela incha, fica quente e a pele sobre a articulação pode ter aparência avermelhada ou roxa, enrijecida e reluzente? Além da avaliação médica, procure seu nutricionista para adequação da sua dieta.


Eridan Berté

Nutricionista CRN8 1846



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